"Já entrei contigo em comunicação tão forte que deixei de existir sendo.
Tu tornas-te um eu.
É tão difícil falar e dizer coisas que nunca podem ser ditas.
É tão silencioso.
Como traduzir o silêncio do encontro real, entre nós dois.
Dificílimo contar: olhei pra vc por uns instantes, tais momentos são meu segredo.
Houve o que se chama de comunhão perfeita.
Eu chamo isso de estado agudo de felicidade."
Clarice Lispector
sexta-feira, 28 de novembro de 2008
domingo, 23 de novembro de 2008
domingo, 9 de novembro de 2008
Soneto do amor total
Amo-te tanto, meu amor...não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.
Amo-te afim, de um calmo amor prestante,
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.
Amo-te como um bicho, simplesmente,
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.
E de te amar assim muito e amiúde,
É que um dia em teu corpo de repente
Hei-de morrer de amar mais do que pude.
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.
Amo-te afim, de um calmo amor prestante,
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.
Amo-te como um bicho, simplesmente,
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.
E de te amar assim muito e amiúde,
É que um dia em teu corpo de repente
Hei-de morrer de amar mais do que pude.
Etiquetas:
Livro de sonetos,
Vinicius de Moraes
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