sexta-feira, 28 de dezembro de 2007
terça-feira, 25 de dezembro de 2007
-me
domingo, 23 de dezembro de 2007
eternidade
quarta-feira, 19 de dezembro de 2007
domingo, 16 de dezembro de 2007
.
Deito fora as imagens,
Sem ti
para que me servem as imagens?
Preciso habituar-me
a substituir-te pelo vento,
que está em toda a parte
e cuja direcção
é igualmente passageira
e verídica.
Preciso habituar-me ao eco dos teus passos
numa casa deserta,
ao trémulo vigor de todos os teus gestos
invisíveis,
à canção que tu cantas e que mais ninguém ouve
a não ser eu.
Serei feliz sem as imagens.
As imagens não dão
felicidade a ninguém.
Era mais difícil perder-te,
e, no entanto, perdi-te.
Era mais difícil inventar-te,
e eu te inventei.
Posso passar sem as imagens
assim como posso passar sem ti.
E hei-de ser feliz
ainda que isso não seja ser feliz.
Raul de Carvalho
Sem ti
para que me servem as imagens?
Preciso habituar-me
a substituir-te pelo vento,
que está em toda a parte
e cuja direcção
é igualmente passageira
e verídica.
Preciso habituar-me ao eco dos teus passos
numa casa deserta,
ao trémulo vigor de todos os teus gestos
invisíveis,
à canção que tu cantas e que mais ninguém ouve
a não ser eu.
Serei feliz sem as imagens.
As imagens não dão
felicidade a ninguém.
Era mais difícil perder-te,
e, no entanto, perdi-te.
Era mais difícil inventar-te,
e eu te inventei.
Posso passar sem as imagens
assim como posso passar sem ti.
E hei-de ser feliz
ainda que isso não seja ser feliz.
Raul de Carvalho
sábado, 8 de dezembro de 2007
sim/não
Você disse que não sabe se não
Mas também não tem certeza que sim
Quer saber?
Quando é assim
Deixa vir do coração
Você sabe que eu só penso em você
Você diz só que vive pensando em mim
Pode ser
Se é assim
Você tem que largar a mão do não
Soltar essa louca, arder de paixão
Não há como doer pra decidir
Só dizer sim ou não
Mas você adora um se...
Eu levo a sério mas você disfarça
Você me diz à beça e eu nessa de horror
E me remete ao frio que vem lá do sul
Insiste em zero a zero e eu quero um a um
Sei lá o que te dá, não quer meu calor
São Jorge por favor me empresta o dragão
Mais fácil aprender japonês em braile
Do que você decidir se dá ou não.
Djavan
Mas também não tem certeza que sim
Quer saber?
Quando é assim
Deixa vir do coração
Você sabe que eu só penso em você
Você diz só que vive pensando em mim
Pode ser
Se é assim
Você tem que largar a mão do não
Soltar essa louca, arder de paixão
Não há como doer pra decidir
Só dizer sim ou não
Mas você adora um se...
Eu levo a sério mas você disfarça
Você me diz à beça e eu nessa de horror
E me remete ao frio que vem lá do sul
Insiste em zero a zero e eu quero um a um
Sei lá o que te dá, não quer meu calor
São Jorge por favor me empresta o dragão
Mais fácil aprender japonês em braile
Do que você decidir se dá ou não.
Djavan
sexta-feira, 30 de novembro de 2007
O primeiro dia
Enfim duma escolha faz-se um desafio
enfrenta-se a vida de fio a pavio
navega-se sem mar sem vela ou navio
bebe-se a coragem até dum copo vazio
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
E entretanto o tempo fez cinza da brasa
e outra maré cheia virá da maré vaza
nasce um novo dia e no braço outra asa
brinda-se aos amores com o vinho da casa
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida
Letra e música: Sérgio Godinho In: "Pano cru" 78;
sexta-feira, 16 de novembro de 2007
quem
quem me quiser amar,
que me leve
fechado no meu mistério...
Me leve
Como um presente imerecido,
Vindo não sabe de onde
- sempre com medo que lhe fujada caixinha cor da bruma
em que se esconde.
Quem me quiser amar,
Me leve, sem importar
De perguntar o que eu valho.
- Já lhe basta essa alegria
de saber que me possui,
de saber que eu valho mais
que quanto quiser pensar.
(Sebastião da Gama)
que me leve
fechado no meu mistério...
Me leve
Como um presente imerecido,
Vindo não sabe de onde
- sempre com medo que lhe fujada caixinha cor da bruma
em que se esconde.
Quem me quiser amar,
Me leve, sem importar
De perguntar o que eu valho.
- Já lhe basta essa alegria
de saber que me possui,
de saber que eu valho mais
que quanto quiser pensar.
(Sebastião da Gama)
domingo, 19 de agosto de 2007
hoje
"Cultivei a minha histeria com prazer e terror. Hoje sofri uma singular advertência: senti passar por cima de mim o vento da asa da imbecilidade" Charles Dickens
quinta-feira, 16 de agosto de 2007
sexta-feira, 10 de agosto de 2007
domingo, 5 de agosto de 2007
sábado, 4 de agosto de 2007
Ainda que
Ainda que mal pergunte,
ainda que mal respondas;
ainda que mal te entenda,
ainda que mal repitas;
ainda que mal insista,
ainda que mal desculpes;
ainda que mal me exprima,
ainda que mal me julgues;
ainda que mal me mostre,
ainda que mal me vejas;
ainda que mal te encare,
ainda que mal te furtes;
ainda que mal te siga,
ainda que mal te voltes;
ainda que mal te ame,
ainda que mal o saibas;
ainda que mal te agarre,
ainda que mal te mates;
ainda assim te pergunto
e me queimando em teu seio,
me salvo e me dano: amor.
Carlos Drummond de Andrade
ainda que mal respondas;
ainda que mal te entenda,
ainda que mal repitas;
ainda que mal insista,
ainda que mal desculpes;
ainda que mal me exprima,
ainda que mal me julgues;
ainda que mal me mostre,
ainda que mal me vejas;
ainda que mal te encare,
ainda que mal te furtes;
ainda que mal te siga,
ainda que mal te voltes;
ainda que mal te ame,
ainda que mal o saibas;
ainda que mal te agarre,
ainda que mal te mates;
ainda assim te pergunto
e me queimando em teu seio,
me salvo e me dano: amor.
Carlos Drummond de Andrade
terça-feira, 31 de julho de 2007
terça-feira, 24 de julho de 2007
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