sexta-feira, 16 de novembro de 2007

quem

quem me quiser amar,
que me leve
fechado no meu mistério...
Me leve
Como um presente imerecido,
Vindo não sabe de onde
- sempre com medo que lhe fujada caixinha cor da bruma
em que se esconde.
Quem me quiser amar,
Me leve, sem importar
De perguntar o que eu valho.
- Já lhe basta essa alegria
de saber que me possui,
de saber que eu valho mais
que quanto quiser pensar.

(Sebastião da Gama)

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